Virginia Diano
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Dança Cigana

"Eu nasci em Montevideo, uma cidade portuária, com uma geografia e história que favoreceram as imigrações. Conectada por séculos com a cidade de Cadis, na Espanha, e todas as colônias espanholas e portuguesas. Meu avô materno era espanhol e cantava flamenco, mas eu não consigo dançar com sapatos. Meu tio avô paterno tocava sanfona, nasci numa família de artistas.

Quando fui iniciada nas danças orientais árabes, aflorou em mim outra dança. Segundo a minha professora, Mara Larentes, era a Dança Cigana e meu estilo seria “Zambra”. Admito que fiquei confusa na época, mas numa viagem pra São Paulo, tive a oportunidade de conhecer e fazer aula com Cristina Schafer e Samira Samia, duas grandes senhoras da dança no Brasil. Samira falou: "Dança, menina!" E eu dancei. E ela me observando concluiu: "Parece uma aluna minha com dois anos de estudos... o que você faz é dança cigana sim"!

Na época não existia Youtube, Google, professores do exterior vindo pro Brasil, e nem tanta informação com livre acesso como nos dias atuais. Tenho observado e constatado que nós, americanos, somos filhos de misturas étnicas, antepassados que muitas vezes chegavam ao continente fugindo da guerra e da fome, como aconteceu com meu avô e outros ancestrais. Temos, há séculos, ondas de imigrantes que se misturam, e com sorte sabemos quem foram nossos avós. Mas, e lá atrás, o que temos? Acredito que temos guardadas cargas genéticas adormecidas no nosso DNA, que são ativadas quando escutamos músicas, como por exemplo um violino cigano, interpretando um lamento... Essa vibração faz o corpo ressonar e dançar, por isso pra estudar esta arte chamada de Dança Cigana, se ela não está dentro de você, é preciso educar seu ouvido, estudar o que é tempo, harmonia, melodia, o silêncio entre as notas e a quietude entre os movimentos.

​Com anos de pesquisa e estudo através de professores e amigos músicos daqui e de outras terras, fui criando meu método sobre como vivenciar, sentir e escutar esta arte. Divido este conhecimento através de vivências e exercícios nos meus cursos como: “Rodando a saia”, “Ciclos da vida”, “Sara La Kali”, “O improviso na dança cigana”, “O violino, moradia do duende” e “Gypsy pop”.

Passos de Poder

O cosmo está em eterno movimento e nós podemos dançar em harmonia com ele. Quando dormimos aparentemente estamos quietos, mas nossos átomos se movimentam em grandes velocidades.
Em 2004 tive a oportunidade de ler um dos últimos livros do antropólogo Carlos Castañeda, chamado "Pases Mágicos", livro este que foge da linha de escrita habitual deste autor tendo um caráter mais didático.
Como profissional da dança me dei conta do significado oculto de vários passos usados nas danças étnicas de várias partes do mundo. Deste momento em diante, iniciei a pesquisa acerca dos diferentes passos de entrega, proteção, ancoramento e da conexão com a Terra, com o corpo e com o céu.
Este trabalho é uma ferramenta tanto para a dança como para as artes marciais, o esporte, momentos de oratória e no nosso cotidiano.
A velocidade do cotidiano do ser humano nos leva à necessidade de estarmos sempre prontos e atentos aos imprevistos. Se nos acostumamos à prática de manter a consciência no momento presente, muitas situações da vida podem ser solucionadas de forma ágil e favorável.
É impressionante o poder que temos nas nossas mãos, somadas à força do nosso coração somos capazes de fazer milagres. O nosso sagrado veículo chamado corpo físico é uma antena que capta as mais variadas energias. Nossa máquina biológica pode ser calibrada para sincronizar-se com as frequências harmônicas do universo.
A vida é feita de escolhas, e a decisão está em nós.
“A dança tem o poder de elevar nosso campo vibratório. Desta forma, alinha nossos corpos e harmoniza nossos chacras. Os povos antigos sabiam disto”. 

Improvisação na Dança Cigana (solo e grupo)

Os anos de dança me proporcionaram uma técnica para o improviso. Uma dica simples para esta tarefa é manter teu pensamento no momento presente, ‘aqui e agora’. Eu me auxilio de um conhecimento básico de Geometria divina ou sagrada, onde você vai usar o espaço disponível a seu favor, seja em um teatro, uma arena ou na rua, ou ainda em um restaurante cheio de pessoas e mesas.

Em um palco italiano, nós vamos dançar dentro de um retângulo, onde a linha mais longa que temos é a diagonal. Em um círculo, todos os raios tem a mesma distância; na rua todas as formas são possíveis; e, num restaurante, uma figura geométrica que nos facilita movimentar entre as mesas, é o triângulo.

Alguns tópicos trabalhados neste curso são:
- Reconhecimento do lugar onde será apresentada a dança;
- Reconhecimento das diferentes geometrias de espaço;
- Como trabalhar com as diferentes possibilidades: palco convencional, arenas, rua, restaurantes, etc.;
- Exercícios que facilitam a harmonia na improvisação nos grupos;
- Truques e dicas de como usar determinadas formações geométricas quando somos duas, três ou mais pessoas;
- Brincar com o ritmo e a harmonia da música e saber encaixar os movimentos de passagem;
- Criação de movimentos marcantes que nos caracterizem.
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Sara La Kali

Ter estado na festa de Sara La Kali foi uma das experiências mais grandiosas da minha vida. O meu trabalho caracteriza-se por vivências e improvisação cênica direcionadas, e neste curso abordaremos 5 estilos, os quais podemos definir:

1. O canto Jondo Flamenco e através deste o sentir do Duende Gitano, a conexão com a terra que cresce através dos braços e as mãos para o céu. Será um flamenco descalço já que esta modalidade está ressuscitando na península Ibérica e na Europa, sempre senti ele assim, e tive a honra de ter aula com Valerie Romanin, na França, e Isabel Pradillo Molina, no festival Danza Duende, em Serpa, Portugal. Duas excelentes professoras e bailarinas dedicadas à dança, e que fazem da vida arte.
2. Os violões Manouche e sua fluidez contagiante, a alegria e rapidez das suas notas. São típicos da França e no começo do século XX foram imortalizados por Django Reinardt, que nos inunda como uma corrente de água, com humor e muita vida. 

3. Os sopros escandalosos dos Balkan como fogo, as vezes cheio e fulminante quando em grupo, e outras melancólico, solitário, chorando como as brasas que se apagam na fogueira, marcando presença onde quer que se encontre. 

​4. O clarinete Turco, que por mais que seja um no meio dos outros estilos, se impõe, entrelaçando-se com o ar que respiramos, saindo do tempo, entrando, cruzando os tempos, mas sempre presente, harmonioso e necessário.

5. E por último o instrumento que para mim habita o espírito cigano, o eterno violino Romanês, em todas as suas formas, seja tocando a 'Ave Maria', ou acelerando nas Zardas. Trabalharemos diferentes passos destes países, sendo inspiradas por estes estilos e instrumentos musicais especificamente. Dançaremos com o corpo todo desde a pontinha dos dedos das nossas mãos até a ponta dos dedos dos pés. 

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Rodando a Saia

A saia rodada representa o círculo, um símbolo mais que sagrado do feminino. Ele nos possibilita criar um espiral, ferramenta fantástica para girar e criar vácuos no espaço que nos permitem viajar para dentro e para fora.

Se você abre uma mala com saias rodadas e coloridas em um grupo de mulheres, acredito que 80% delas irão experimentar. Abra a mesma mala num grupo de meninas e 100% delas experimentarão. Ainda são capazes de trazer outras crianças para brincar. Na hora que essas crianças começarem a brincar e experimentar, vão girar e girar até que alguém adulto fale: ‘parem!’

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Os Ciclos da Vida

Este curso que já é ministrado há quase uma década continua se transformando e é muito útil tanto para professoras como para alunas e mulheres que simplesmente gostam de dançar e querem desfrutar de um momento agradável e prazeroso. 

Estas ferramentas são muito usadas na dança cigana aqui no Brasil, por isso aproveita-se tanto o conhecimento que é passado quanto o conhecimento que aflora das bailarinas presentes. 
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A didática utilizada neste curso facilita a descoberta de um estilo próprio na dança de cada participante. 

Acessórios utilizados:
Xale: para se trabalhar as emoções; a água; a mãe. 

Leque: a sensualidade natural da mulher; o fogo; a mulher selvagem. 
Pandeiro: nossos antepassados; a terra; a mulher jovem; a alegria de ser quem somos. 
Punhal: os desafios da vida; o ar; a loucura; a velha. 

Também trabalharemos intensamente o domínio da saia cigana e suas diferentes figuras, além das formas com as mãos fazendo um pout-pourri com mudras em movimento. 

Por ser uma vivência aplicada de forma criativa e lúdica, o curso permite trabalhar as travas e traumas emocionais, mentais e psíquicos, guardados em nossos corpos, proporcionando muitas vezes a cura. 
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A energia da Dança Cigana é muito poderosa para trazer alegria e força às nossas vidas. ​
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